O CREN foi o tema do trabalho de conclusão de curso (TCC) da graduanda em Nutrição Paola Ibelli, da Faculdade de Saúde Pública da USP. Com o título “O Atendimento Ambulatorial no CREN: Uma Análise Crítica do Relato de Experiência”, o estudo de Ibelli foi aprovado com a nota máxima.

Trabalho de conclusão

O TCC traçou um panorama do serviço de recuperação e educação nutricional para desnutridos (subnutrido e obesos) e analisou um recorte de pacientes da organização. A banca examinadora foi composta pela orientadora Juliana Dellare Calia, Renata Pires – ambas nutricionistas do CREN – e Maria Laura Louzada, professora da Faculdade.

Direito à Saúde

A professora Louzada ressaltou a relevância da análise acadêmica de Ibelli no que diz respeito ao Direito à Saúde e elogiou a iniciativa da estudante de produzir um trabalho de conclusão analítico, especialmente sobre uma instituição com missão tão importante como o CREN.

Diante da vivência cotidiana no CREN, a nutricionista Renata avaliou que a graduanda incluiu questão fundamental no trabalho ao observar que o “diagnóstico dos desvios nutricionais e encaminhamento tardios (…) foram observados como fatores determinantes nos agravos em saúde infanto-juvenil. ”

Metodologia humanista

A orientadora do trabalho de conclusão, Juliana Calia, foi também supervisora do estágio de Ibelli no CREN. A nutricionista elogiou o estudo, especialmente pelo fato de a graduanda transpor para o texto a importância do olhar humanista da metodologia do CREN no atendimento ao paciente e famílias.

Paola Ibelli contou que, ao ingressar no CREN como estagiária, tinha a expectativa de encontrar apenas pacientes subnutridos. A realidade diária proporcionou à estudante a observação da transição epidemiológica que tem ocorrido na sociedade. “Percebi que a obesidade e a subnutrição são cenários que se sobrepõem, na verdade. ”

Leia a seguir um trecho do Trabalho de Conclusão de Paola Ibelli:

“As oficinas culinárias [do CREN], foram espaços importantes de transmissão da cultura alimentar e de técnicas culinárias diversas, aproximando a criança e o adolescente da escolha e do preparo de alimentos de forma ativa e divertida. Além disso, foram atividades conjuntas com a psicologia, a fim de trabalhar preconceitos e encorajá-los na degustação de novos sabores. A participação dos pais e familiares foi importante, pois fortalece a rede de apoio social da criança e sustenta positivamente as mudanças e a adesão aos bons hábitos alimentares.”

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