Setembro começou com a corda toda no CREN. As duas unidades da instituição receberam a ilustre visita de Olivier Hugues Terreault, fundador do Teatro do Sopro. Ator e empreendedor social, ele atua como palhaço terapêutico e palestrante da Companhia.
Em sua passagem pelo CREN, Terreault, que é membro da rede Ashoka, apresentou a metodologia do “empatiaço”, em que o sentimento de empatia é contemplado por meio da arte de palhaço. O objetivo principal da prática é difundir a Cultura de Paz.
Conversando com vários grupos de funcionários do CREN, o palhaço explicou que a empatia é cultivada quando aceitamos as frustações inerentes à existência humana. “O palhaço é o artista do fracasso. E assumindo-se fracassado, ele sempre se maravilha com as descobertas cotidianas.” Segundo o artista, cabe a cada um de nós a decisão de maravilhar-se ou não com cada um dos encontros da vida.
Teatro do Sopro
Durante as visitas, o canadense brincou com as crianças do Semi-Internato (veja vídeo). Em conversa com os funcionários, Terreault analisou a interação da criança com o palhaço. “O estranhamento vai perdendo espaço quando as crianças percebem que têm pontos em comum com aquele homem fantasiado. Assim, a agressividade – que aparece num primeiro momento – diminui porque a compaixão começa a surgir. E aí a criança começa a pensar mais ou menos assim ‘Você cai também?’ ‘E também ri da queda?’”.
Uma das professoras das crianças, Karina Denise de Lima, percebeu que o trabalho do palhaço terapêutico pode ser aplicado no dia a dia. “Assim como ele levou um tempo para conquistar as crianças, nós também precisamos ter essa paciência enquanto elas criam seus vínculos.”
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